A Orientação Vocacional e
Profissional pode ser um diferencial na vida dos jovens na atualidade, a partir
de atendimentos psicológicos clínicos e de consultório. É possível, a partir de
um trabalho qualificado e com limites específicos, promover a construção de um
projeto profissional de qualidade para os jovens na atualidade. Escuta-se hoje
muitas frases nesse sentido: "eles estão perdidos","ele/ela não
sabe o que quer", gerando significativa preocupação no sujeito e em todos
ao redor.
Frequentemente, muitos
dos jovens que efetuam um trabalho de Orientação Vocacional e Profissional o
fazem em seus colégios/escolas por meio de uma modalidade chamada educacional.
Esta modalidade é interessante e importante, por ser direcionada ao
conhecimento dos cursos e das profissões. No entanto, ela não abarca todo um
trabalho necessário, que seriam os aspectos sobre a
vida, particularidades, questões pessoais e interpessoais. Embora seja muito
produtivo, o efetuado nas escolas não contam com tempo suficiente e
espaço para cobrir todo o aprofundamento da dimensão do Ser.
Conhecer suas atitudes,
interesses, habilidades, motivações, projetos. Analisar sua trajetória de vida,
destacar perspectivas futuras; entender melhor como as escolhas funcionam em
sua vida, que escolhas são possíveis? Curso no Exterior ou outro Estado?
Intercâmbio? Qual é o seu propósito de vida e como construir esse caminhar?
O trabalho clínico em
Orientação Vocacional e Profissional visa a superar essa lacuna, permitindo um
maior detalhamento do auto-conhecimento e a promoção de escolhas mais
comprometidas, como inclusive "um amadurecer" desse jovem a
partir de um trabalho qualificado e pautado nos pilares da ética,
responsabilidade, ciência e comprometimento.
Esse acertar do título
não seria relacionado ao fato de que o jovem/adulto não possa mudar caminhos ou
efetuar uma segunda graduação. Isso ocorre frequentemente, fazendo parte do
processo de caminhar. Contudo, o acertar aqui corresponde a, nessa primeira
inserção, que eles/as possam ter a capacidade de efetuar uma
escolha comprometida, possam optar por um curso e uma profissão que
realmente lhes façam sentido. Vislumbrando nessa escolha as sua
ações laborais futura naquele contexto. Por exemplo, ao estudar estatística
em um curso de psicologia possa ser associado ao desejo de Ser um psicólogo
Gestor de Pessoas ou Recruiter ou um
psicólogo perito, entre outros que utilizam a psicometria como parte de seus
trabalhos.
Com isso, cabe considerar que uma escolha
acertada gera mais comprometimento, gera menos custos, tanto particulares
quanto públicos, e menos perda de tempo. Promove mais satisfação, mais atitudes
de busca, de procura, desejos de agir e ações.
Laila P Graf Ornellas
Mestre e Doutora em Psicologia
Orientadora Vocacional e Profissional na Clínica Arte Ser
*Publicado originalmente Linkedin 25.09.2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Escreva seu comentário aqui.